quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A incapacidade de ser mãe...


Hoje o Brasil acordou com uma notícia muito chocante: uma promotora pública aposentada humilhava e espancava sua filha adotiva de 2 aninhos. Confesso, chorei quando vi a notícia nos telejornais da manhã. Como pode uma pessoa que diz querer tanto ser mãe não dar valor ao bem mais preciso para uma mulher: um filho?

Eu que tenho como maior objetivo de minha vida um dia me tornar mãe fiquei perplexa com tudo o que vi e li. Ano passado engravidei e perdi meu bebe, tudo isso foi horrível para mim, e nunca mais deixarei de pensar em como seria o rostinho dele (ou dela) se não tivesse acontecido aquilo. Como eu, existem milhares de mulheres na fila à espera para realizar esse grande desejo, seja de forma natural ou por meio de adoção. E logo uma mulher tão 'instruída' foi dar um vexame desse?


Por isso, que dizem que educação formal não molda ninguém e sim o caráter que cada um tem. De que adianta toda pose, todo dinheiro, toda pompa que ela mostrava se não tinha o principal: o dom de ser mãe. Ser mãe é uma arte que nem todas as mulheres conseguem atingir a perfeição, mas que poucas a merecem.


Você olhar para aquele rostinho quando acorda e ouvir um 'mamãe, eu te amo' quebra qualquer cara feia do dia. Ser mãe é desistir de tudo o que tem que fazer no dia só para curtir o sorriso sem graça do filhote quando faz alguma coisa errada. É amar, compreender, aceitar, repreender com carinho. É saber impor limites com jeito e dar apoio quando ele ficar triste.

Ser mãe é dar colo quando ninguém mais pode ajudar seu filho. É aceitar ele em todas as condições: boas ou más. Ser mãe é um direito da mulher, mas como todo direito vem seguido de deveres, a responsabilidade dessa mãe é acima de tudo proteger seus filhos contra tudo, contra todos, inclusive delas mesmas quando estiverem de mau humor.

Não existe desculpas para nenhuma mulher que faz o que ela fez. Humilhar, xingar, espancar uma criança de 2 anos de idade que mal sabe o que afinal o que está acontecendo.

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